quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Angelic Upstarts - Angel Dust, The Collected Highs (1978-83)

Simplesmente genial, perfeito e maravilhoso. Juntamente com os Cockney Rejects, foram eles que levaram o legado do Sham 69 adiante. Formados em Sunderland, no norte da Inglaterra, em 1977, foram originalmente rotulados de Thug Rock ("rock de trogloditas")... Bem, trogloditas eles eram, mas ao contrário do que era dito na época, eram também uma banda muito inteligente, politizada e idealista. Seu primeiro single "The Murder Of Liddle Towers" (1978) contava a história verídica de um treinador de boxe morto pela polícia e exigia justiça. Não é preciso dizer que a polícia nunca foi muito com a cara deles... Da mesma forma, a banda sempre foi abertamente anti-fascista e esquerdista, o que garantiu a antipatia dos skins de direita, e como se não bastasse, por terem letras patrióticas e muitos fãs skinheads, também foram muito incompreendidos pela própria esquerda. Se seus shows não fossem constantemente interrompidos pelos nazis, pela polícia ou por arruaceiros comuns, talvez tivessem sido muito maiores.De qualquer maneira, são uma das melhores bandas da história, e mereciam muito mais. Desde o início da carreira, quando tocavam um punk rock perfeito na linha do Sham 69, até o fim da banda, já com muitas influências diferentes, como reggae (presente em quase todos os discos) e folk, o Angelic traçou um caminho de rara dignidade, sem nunca abrir mão da mensagem politizada (mesmo não militando em partidos ou organizações) e positiva. Uma história engraçada foi quando eles foram contratados pela E.M.I. (se não me engano), e, num dia de inverno, estavam em frente ao prédio da empresa jogando bolas de neve nas pessoas que passavam. Ninguém parecia se importar, até que o vocalista Mensi acertou um grandalhão que estava passando, que ficou puto da vida e resolveu reagir. Mensi deu-lhe logo uma cabeçada e tentou fugir, mas era tarde demais e teve que sair na porrada com o sujeito. Acontece que o cidadão era o chefe de segurança da gravadora... A E.M.I., sabendo da reputação da banda, havia incluido no contrato uma cláusula que proibia-os de agredirem fisicamente funcionários da empresa. E esse foi o fim dos Upstarts na E.M.I...Só para fazer um paralelo, da mesma forma que o Skrewdriver começou apolítico e foi caminhando em direção à direita, se tornando porta-voz dos skinheads de direita, os Upstarts foram indo cada vez mais para a esquerda, e hoje são considerados os patriarcas dos skins de esquerda (mesmo não tendo nunca sido uma banda skinhead).

Cockney Rejects - Best Of (1979-81)

Há quem diga que os Sex Pistols posavam de malvadões, enquanto o Sham 69 era uma banda autenticamente das ruas. Fazendo uma analogia semelhante, se Jimmy Pursey começava a chorar quando saía porrada nos shows do Sham, quando o pau comia nos shows do Cockney Rejects, eles desciam do palco e paravam a treta à força. E se não parasse, bem, a banda também partia para o boxe. Falando nisso, os irmãos Micky e Geoff Geggus eram promissores pugilistas antes de formar a banda. Se o Sham tirou o punk das escolas de arte e das boates moderninhas e o empurrou até as ruas, os Cockney Rejects (todos Hooligans do West Ham F.C.) pegaram o punk nas ruas e o levaram aos estádios de futebol. Ok, tretas à parte, esta foi a banda que cunhou o nome Oi!, por causa da música "Oi! Oi! Oi!", de 1980. Um belo dia em maio de 79, os irmãos Micky e Geoff Geggus encontraram o jornalista Gary Bushell num boteco e lhe deram uma demo. Gary ficou impressionado com o punk rock "hooligan" dos Rejects e os apresentou ao já citado Jimmy Pursey, que produziu o primeiro EP "Flares And Slippers". Antes de virarem uma banda de hard rock (melhor que a maioria das bandas punks que seguem este caminho), a banda ainda lançou 3 ótimos LPs, cujas melhores faixas estão nesta coletânea. O som é mais ou menos na linha dos Sex Pistols e do Sham 69, mas com um clima meio de arquibancada de futebol. Os coros em músicas como Oi! Oi! Oi!, War On The Terraces e The Power And The Glory dão arrepios na espinha. Torcedores fanáticos do West Ham, chegaram a gravar uma versão para o hino da torcida do clube "I'm Forever Blowing Bubbles". Indispensável, definiu um estilo. Ouça: Oi! Oi! Oi! (1980)

Sham 69 - Punk Singles Collection - (1977 - 1980)

O que falta ser dito sobre o Sham 69... digamos que lá para 77 o punk se dividiu em duas partes. De um lado os punks artísticos e moderninhos, intelectuais, e etc... Do outro lado os punks "toscos", suburbanos, das ruas. Estes tinham o vocalista do Sham, Jimmy Pursey como seu porta-voz. Nada de poesia maldita, boemia, papo de faculdade, arte moderna ou ousadia musical. A música do Sham era simples e direta, assim como suas letras. O mais puro e energético punk rock, com a missão de unir a juventude oprimida. Pena que a juventude oprimida costumava ir aos shows deles e quebrar tudo, o que acabou acarretando no fim da banda. Jimmy havia sido um skinhead alguns anos antes, e quando viu que surgia uma nova geração de skins, se empolgou e deu o lendário grito "Skinheads Are Back!" num show em 77. Mas o que ele não esperava era que, ao contrário dos skins originais do final dos anos 60, parte da nova geração estava envolvida com a extrema direita. Esta associação queimou o filme da banda (que sempre fora contrária ao fascismo), e para a alegria da imprensa, que colocava todos os skins, fascistas ou não, no mesmo saco, Jimmy Pursey acabou renegando o público Skinhead que tinha dado tanto apoio a eles. Isso foi considerado uma traição, e o Sham 69 perdeu boa parte de seu público, sem falar na sua credibilidade... A banda ensaiou alguns retornos nos últimos 15 ou 20 anos, sempre lançando discos horríveis que ninguém gosta. Esta coletânea tem músicas de toda a carreira da banda que começou o bagulho. Tiveram o bom senso de deixar as coisas horríveis de fora. If The Kids Are United, Borstal Breakout, Sunday Morning Nightmare, está tudo aí. O Sham sempre será lembrado como a banda mãe do Oi!, por sua temática realista e rueira, e por estimular a união entre punks, skins, e toda a juventude sem futuro. Ouça: If The Kids Are United (1978)

Street Punk

STREET PUNK
O movimento street punk Oi vem sendo associado ao nazismo isso não é verdade vamos esclarecer o que realmente é o movimento Oi e como esta a cena hj em dia. O movimento street punk, é a essencia, são os púnk's de rua,Com o tempo, o street punk também passou a ser chamado de Oi!, por causa de uma música do Cockney Rejects, "Oi! Oi! Oi!"O street punk tradicional é apolítico.Nem esquerda nem direita. O street punk é um estilo de vida, é algo de muito real pois lida com o dia-a-dia, tem a ver com as ruas, com o trampo, camaradagem, união, estar alerta para o que nos rodeia e odiar política.O street punk também foi muito associado aos skinheads e isso resultou numa salada musical e ideológica (todos os skins ligados ao movimentto Oi! são anti-nazi). Os skins "tradicionais" diziam que estes eram apenas "punks carecas", pois não tinham noção alguma sobre as tradições do skinhead.De um outro lado, nascia na Inglaterra o "skinhead nazista", tão conhecido pelo mundo todo.No entanto, a maioria dos skins continuava sem um direcionamento político definido, longe dos fascistas. Sabe-se que nesta mesma época (1979), havia uma turma de skins em Londres chamada "S.A.N."- "Skinheads Against Nazis", que queria eliminar a influência dos neo-nazistas. Bandas de punk rock com membros skins, como os Angelic Upstarts, eram assumidamente esquerdistas e se opunham ao National Front (Partido Nacionalista Inglês) com veemência!Todos os Punk's e Skins ligados ao Oi! são contra o facismo, muito ao contrario dos anarco Punk's, Uma historia rapida. Num som um Anarco pedi pra ficar com um skin, com toda a educação o trad skin diz"não tenho nd contra os homossexuai mais não fico com homens" O Anarco responde Vc é Homofobico que é o fascista nessa história...? Esse texto vai principalmente para os Anarco Punk's que associam todos os skins e street punk's ao nazismo se enformem antes de criticar algo...